A história de fato começa quando Hiyori Iki, uma colegial, salva Yato de um acidente. Este acontecimento acaba resultando na transformação de Hiyori em uma espécie de "meio-fantasma", ou seja, a alma da garota passa a sair de seu corpo constantemente e, com isso, ela passa a ver diversos seres que antes eram invisíveis aos seus olhos, como outros espíritos. A garota, que a princípio se assusta com sua condição, no decorrer da série passa a se envolver cada vez mais com Yato e com o shinki de Yato, Yukine.
Dos três personagens principais, Yato é de longe o mais carismático. Ele é um personagem com manias e repleto de características não tão positivas, e é isso que nos aproxima cada vez mais de sua personalidade e nos faz torcer para o seu sucesso. Yukine, o garoto loiro de 14 anos, que acaba se tornando o espírito protetor de Yato (ou shinki), inicialmente age como um menino mimado. Amei o desenvolvimento desse personagem, pois não foi idealizado, como geralmente acontece. O garoto, desde o princípio, agiu como um "garoto problema", querendo viver como um menino de sua idade e invejando aqueles que conseguem. Yukine (nome que foi dado por Yato) passa por diversas provações, peca e, por consequência, é punido, sendo perdoado e conseguindo finalmente se aceitar.
A história dos três monta o enredo da primeira temporada, cabendo à segunda os "arcos" dos outros personagens. As duas temporadas, apesar de tocarem no passado de Yato, não chegam a explicar devidamente a relação entre Yato, Nora (outro shinki de Yato) e Kouto Fujisaki, o que me faz pensar numa possível terceira temporada. Tendo como base o sucesso das duas temporadas, creio que uma terceira está aguardando apenas o desenrolar do mangá.
O shinki, ou regalia, é criado a partir de um espírito "errante", ou seja, um espírito que ainda vaga sobre a terra. Esse espírito, inicialmente puro, pode ser corrompido se for possuído por fantasmas. Como o shinki tem uma ligação direta com o seu deus, se o shinki for corrompido, isso poderá resultar até na morte do deus.
Quanto à segunda temporada, amei o arco da Bishamon (os seis primeiros episódios), mas devo admitir que os sete últimos me fizeram ficar meio entediada. Não gostei da introdução do personagem Ebisu e, para mim, eles deveriam ter aproveitado o surgimento do Fujisaki, e não ter simplesmente deixado um mistério no ar no último episódio.
A animação como um todo (quesitos técnicos) merece meus sinceros aplausos, principalmente pelas cenas de luta, que foram muito bem feitas. A personagem Bishamon, mesmo tendo um certo fan service, foi muito bem construída, nos fazendo vê-la como uma personagem mais forte que um homem, porém sem deixar de lado a sua feminilidade. Amei essa personagem por conta disso. Hiyori também segue esse mesmo esquema, pois salva constantemente os demais personagens, apesar de não ter poder nenhum (meu modo feminista foi ativado).
Em suma, Noragami, apesar de ser um anime/mangá shounen, tem em seu conteúdo uma ode à força feminina. As mulheres da série são de fato fortes e admiráveis, o que se deve ao fato da história ser escrita por duas mulheres. Não estou dizendo que um mangaká homem não possa fazer personagens femininos "não passivos", mas creio que as mulheres têm mais sensibilidade para a criação de bons personagens femininos. Em todo caso...
Tomara que o mangá seja logo publicado por aqui.
ATUALIZAÇÃO: A Panini anunciou que NORAGAMI foi um dos títulos licenciados pela editora e que em breve será lançado no Brasil!
ATUALIZAÇÃO: A Panini anunciou que NORAGAMI foi um dos títulos licenciados pela editora e que em breve será lançado no Brasil!
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